segunda-feira, 23 de maio de 2011

Rebirth (parte1): O amável herege

Rebirth (parte1): O amável herege

Faz praticamente 1 ano que a Bíblia do Rock existe (ela faz aniversário em 31/07) e ninguém sabe quase nada sobre este profeta. Não há fotos, há uma descrição muito vaga no perfil e, pelo que os leitores leem nos posts, a impressão que dá é que o criador sempre foi um antissocial/crítico nato que nasceu escutando Rock e Heavy Metal. Mas surgiram várias pistas que sugeriam o contrário: em uma, o autor disse que antes gostava dos artistas Pop, e em outro disse que gostava da Pitty. A maior pista no entanto foi mostrada ao oculto pelos olhos humanos, que acabou descoberta com a mudança do layout do blog.

Mas seria mesmo possível? O Criador da Bíblia já foi um herege? Bem, por que deveriam se espantar os leitores, se os maiores filósofos ou pensadores eram ignorantes antes de ser o que eram? É praticamente impossível não ser herege, pelo menos aqui no planeta Terra. Então com este autor não foi diferente. O que impressiona mesmo é o fato deste autor já ter sido um eclético, MTViciado, alienado e poser. É... Sad but True.

Apesar de não gostar nem um pouco de falar de mim, a minha história é um exemplo de como uma pessoa pode mudar para a melhor, servindo de inspiração para todos os que visitam este site. Então, vamos logo com isso:


O amável herege

Nascido numa família de nordestinos que tentavam uma vida melhor no Rio de Janeiro (coisa muito comum no Brasil), meus pais gostavam dos ritmos regionais de seu lugar de origem, Ceará. Toda sua carga cultural foi tranferida pra mim: Sertanejo, Forró e Brega. Já minha irmã mais velha era uma típica teen, e ouvia o que todo mundo ouvia - apesar de ouvir umas coisas boas de vez em quando, já que sempre teve uma queda pela MPB e estilos relacionados.

Nem precisa dizer que toda essa salada nordestina e mundana se refletiu em mim, que achava que grupos de Axé que apareciam vez ou outra nas rádios e artistas Pop One Hit Wonder eram o melhor da música mundial. Vivi assim até muito tempo depois, com os pensamentos de um típico cidadão influenciável e manipulável do Sistema. E como bom idiota, vivia colado na TV, mais frequentemente a Rede Globo; e de rádio ouvia o que meu pai gostava. Geralmente a Nativa FM (quando ainda nem tinha esse nome) e qualquer uma que tocasse Reginaldo Rossi. O único contato com Rock que eu tinha era com bandas que viviam do sucesso que fizeram nos anos 80, como Barão Vermelho, Biquini Cavadão, Kid Abelha... até um pouco de Raul Seixas. Lembro como se fosse ontem quando eu e meu pai cantávamos "Sociedade Alternativa"... E pensar que cantávamos uma música satânica! Ignorância é fogo...

Todo o gosto pela música antiga, ou o que se pode chamar de Música Brasileira veio dos pais. Já a irmã mais velha contribuiu muito para a difusão da cultura Pop importada, aquela que os brasileiros adoram mesmo não entendendo o que o idiota canta. Essa cultura importada vinha da MTV (quando ainda era MTV), e por tabela, gostava das boy bands, das artistas Pop putinhas com cara de inocente (Britney Spears nunca foi inocente!) e daquelas bandas que viviam no segmento mainstream, como Red Hot Chili Peppers, Rage Against The Machine, Nirvana, Blink 182, entre outras. Apesar da grande proximidade com a MTV, só comecei assistí-la muito tempo depois.

Tudo isso, e alguns fatores externos me deixavam apenas com um pensamento: que com a televisão e Mídia eu poderia conhecer todas as bandas boas do mundo (não importando o estilo), já que as desconhecidas não eram boas o bastante para serem mostradas ao público. Sim, eu era muito inocente! Com o passar do tempo fui ganhando amigos - fato que não me ajudou nem um pouco a conhecer mais o Rock de verdade, muito pelo contrário. Com eles, todos os estilos musicais se abriram pra mim ao mesmo tempo, e o choque foi muito grande para a minha mente limitada digerir. Por isso cheguei ao ponto de dizer que era eclético, que gostava de tudo um pouco. Afinal, pra que dizer que chocolate branco era melhor que o amargo se tudo era chocolate? No final, tudo é música!

A esta altura você com certeza deve me achar um poser e começar a desacreditar em tudo escrito nesta Bíblia, mas não precisa se alarmar, eu só fui poser depois. Antes eu fui um MTViciado. A tara pela MTV começou quando um amigo comentava toda hora sobre o desenho que passava na MTV, a Megaliga MTV de Vjs Paladinos. Eu não entendia nada que ele falava, e me vi obrigado a assistir o tal desenho para entender alguma coisa. Resultado: adorei. O desenho me impulsionou a ver aqueles VJs na realidade fora do desenho para entender melhor sua personalidade (coisa que eu não tinha), e quando dei por mim, já estava assistindo toda a programação. Lá estava eu assistindo ao Disk MTV, rindo com o Hermes e Renato e RockGol, apreensivo com o VideoClash, indignado com o Top Top, animado com o Control Freak (o apresentado era o Rafa, que diziam que era parecido comigo) e confuso com o Ponto Pê (hahaha). Logicamente muita coisa mal-informada foi colocada na minha cabeça, além da superficialidade com qual a MTV tratava o Rock e Heavy Metal.

Minha vida como um amável herege MTViciado que pagava pau pra tudo o que o canal teen mostrava estava muito boa, até que tive meu primeiro contato impactante com o Rock. Foi na escola particular onde estudava por bolsa, quando conheci um amigo no qual eu considerava o mais rockeiro do lugar. Isso porque escola particular é sempre povoada por patricinhas e playboys, e os ritmos locais são Pop, Stronda, Hip Hop, e no cúmulo da ironia, o Funk. Esse amigo nem chegava a conhecer o Dio ou Manowar (o básico do Heavy Metal), e sim coisas que a MTV passava, o que facilitou nossa proximidade. Ouvia bandas como System of a Down, Linkin Park, Slipknot, KoRn, Evanescence e outras bandas de Nu Metal e algumas mainstream (aquelas que até os hereges conhecem, como Metallica e Iron Maiden). Mesmo que este amigo não fosse lá um headbanger, aprendi tudo o que se referia ao básico do Rock com ele.

A parte ruim é que esse contato com o Mundo True não me deixava menos herege. Por causa da lavagem cerebral da MTV, achava que o Movimento Emo era filho direto do Punk, mas com um estilo renovado... Até cheguei a dizer que poderia ser um emo se quisesse, já que tinha afeição pelo Simple Plan e My Chemical Romance. Fazer o que? Eu era alienado! Eu acreditava que qualquer coisa que a Sarah falava era bom! A MTV falava do Movimento Emo de um jeito tão natural, como se ele fosse mesmo um gênero direto do Rock que eu aceitava tudo como verdade. Digo com todo pesar que se eu ainda fosse um MTViciado aceitaria o Happy Rock como vertente genuína do Rock...

***
Os meus tempos de MTViciado só deram uma melhora quando conheci um pessoal que era um tanto mais rockeiro que eu, e eram apenas uns viciados em Guitar Hero... Veja a situação: este autor, conhecedor até das facetas mais sombrias do Rock era um idiota alienado viciado num canal de música manipulador... parece a triste história de um cara que vai morrer herege, não é? Bem, felizmente não foi desse jeito. Tudo começa a mudar na parte 2 dessa minissérie.

Sigam o verdadeiro caminho.

Um comentário:

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